“A ciência e a tecnologia no olhar dos brasileiros”, publicação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, traz os resultados da última enquete nacional sobre percepção pública da Ciência e Tecnologia e os compara com dados de enquetes anteriores do Brasil e do exterior. A série histórica brasileira conta com pesquisas feitas em 1987, 2005 e 2010, e reúne dados sobre interesse em ciência e tecnologia, grau de acesso à informação, cobertura da mídia, opinião a respeito dos cientistas e a percepção acerca dos riscos e benefícios da ciência, dentre outros assuntos.”
Para a pesquisa, foram entrevistadas, por telefone, aproximadamente 2000 pessoas de todos os estados brasileiros, estratificadas por sexo, idade e classe socioeconômica.
Entre os resultados, um dado importante para os pesquisadores foi a resposta sobre o interesse por ciência e tecnologia: 61% dos respondentes se declararam interessados. Esse índice é bastante alto se comparado a números como os da União Europeia, onde 53% dos habitantes declararam interesse sobre o tema.
No entanto, o nível de informação científica da população se mostra bastante baixo: apenas 13% dos entrevistados lembram o nome de uma instituição de pesquisa nacional, e só 7% sabem o nome de algum cientista brasileiro. A maioria dos brasileiros, pela representatividade da enquete, é otimista em relação à ciência: 73% deles acredita, pelo menos em parte, que a ciência traz mais benefícios do que malefícios; entretanto, 57% dos entrevistados diz que a ciência e a tecnologia são responsáveis pela maior parte dos problemas ambientais. Entre as questões de ciência e tecnologia que suscitam mais preocupações aos brasileiros, segundo a pesquisa, estão o desmatamento na Amazônia, mudanças climáticas, uso de pesticidas na agricultura e uso de energia nuclear. Áreas como produção de medicamentos, energias renováveis e agricultura foram votadas como prioritárias para o desenvolvimento científico do país.
Muitas outras análises interessantes não foram registradas nesta notícia. Para saber mais, entre no site da CGEE, https://www.cgee.org.br/ . Lá é possível baixar o livro completo. Boa leitura!
Matéria de Raphaela Velho