Se o estado é laico, como lidar com tantas manifestações de crença e doutrina na sociedade brasileira já que é direito garantido pela constituição federal? O fórum Laicidade e Intolerância discutiu esses e outros temas relacionados em outubro na Unicamp.
A primeira mesa explorou o tema da contradição entre estado laico e sociedade religiosa. Um dos pontos levantados é de que religião e sociedade são inseparáveis e como elemento histórico-cultural ela está presente inclusive na política. Assumir, reconhecer e respeitar a pluralidade de crenças é chave para que o estado avance nessas questões- como afirma a professora e jornalista Magali Cunha.
Apesar da laicidade do estado, a mídia revela casos de intolerância religiosa atrelada à violência como o caso da garota de 11 anos que foi apedrejada ao sair de um de um culto de candomblé, no Rio. A intolerância pode se dar dentro de um campo de disputa simbólica pelo domínio de uma narrativa religiosa – como aponta o professor do departamento de antropologia da USP, Vagner Gonçalves.
Nesse sentido, a laicidade do estado deve garantir que as orientações impostas por leis, decretos e outros meios legislativos não siga nenhuma doutrina. Entretanto, ele garante que seja respeitado o direito de cada cidadão à liberdade e inviolabilidade de consciência de crença, conforme afirma o juiz e antropólogo Roberto Lorea.
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