Objetos que florescem, plantas que põem ovos, animais encarregados de tarefas humanas, máquinas que se emocionam. Criaturas híbridas. Esses são elementos do realismo fantástico de Patrícia Piccinini que podem ser visitados em São Paulo.
É a primeira exposição individual da artista australiana no Brasil. Ela usa conhecimentos científicos, técnicas artísticas e materiais como fibra de vidro, silicone, vídeo e fotografia. O resultado é peças hiper-realistas. São seres que têm em comum uma expressão, uma atitude afetuosa. Alguns também despertam repulsa, mas todos, sem dúvida, são intrigantes.
A exposição toda faz pensar como a biotecnologia pode mudar as relações entre seres humanos e com os seres inventados. A artista diz que busca trazer questões éticas através da emoção e da empatia de criações como a Big Mother. Seres transgênicos, transumanos, pós-humanos… Eles já não estão cada vez mais no nosso cotidiano hoje? Quais são esses novos papéis?
Para quem quiser experimentar provocações como essas, as obras de Patrícia Piccinini estão em exposição até 4 de janeiro de 2016, no Centro Cultural Banco do Brasil, na capital paulista.
Texto de Patrícia Santos e locução de Victória Monte.