O leite materno é o único alimento necessário para a nutrição de bebês até os seis meses de vida. Apesar disso, dados divulgados pela organização mundial de saúde e pela Unicef revelaram que apenas quarenta por cento dos menores de seis meses no mundo recebem amamentação exclusiva.
No brasil, além do índice ser de trinta e nove por cento, o investimento abaixo de um dólar por bebê é considerado crítico pelas duas entidades, que avaliaram ser necessário 4 dólares e 70 centavos por recém-nascido para que a taxa mundial de amamentação alcance os cinquenta por cento em dois mil e vinte e cinco.
Para conscientizar a sociedade sobre a importância do aleitamento materno e incentivar o aumento dessa prática no país, o ministério da saúde e a sociedade brasileira de pediatria, a SBP, decidiram dedicar o mês de agosto à campanha da amamentação.
A lei do agosto dourado é uma referência ao padrão ouro de qualidade do leite materno e foi sancionada pela presidência da república em abril deste ano. Nesta primeira edição, estão programadas a publicação de cartilhas e boletins, a mobilização de profissionais em torno do tema e a realização de encontros com representantes do governo para a exigência de melhores condições de amamentação em espaços públicos, além da ampliação do período de licença-maternidade.
Todos os dias do mês, a SBP também divulgará um motivo pelo qual a amamentação é fundamental para a saúde da mãe e do bebê. Entre as razões apresentadas pela instituição, encontra-se a prevenção da morte de crianças menores de cinco anos, a diminuição dos riscos de adquirir doenças infecciosas e respiratórias e até a redução da síndrome da morte súbita, quando um bebê saudável morre de forma repentina e sem causa diagnosticável.
A lista com todas as razões para amamentação, os documentos publicados e outras informações sobre a campanha do agosto dourado podem ser acessadas no site da sociedade brasileira de pediatria, em www.sbp.com.br.
Matéria de Paula Penedo