Você já deve ter ouvido que no Japão acontecem muitos desastres naturais, como terremoto, tsunami, tufão, entre outros. E por causa disso, muitas tecnologias foram desenvolvidas para proteger as pessoas, mas você sabe qual é a história dessas tecnologias?
Até 1980, os pesquisadores só estudavam a causa dos desastres naturais. Mas, a partir da década de 80, o objetivo das pesquisas mudou para prevenção. Em 1995, por exemplo, O Japão teve um grande terremoto, o Hanshin awaji em Hyogo. Essa foi a primeira vez que um terremoto atingiu uma cidade grande, causando a morte de 6.437 pessoas. Além disso, aconteceram muitos outros terremotos pequenos por causa desse. O impacto para a população preocupou o governo japonês que estava com pressa em desenvolver tecnologias de prevenção.
A tecnologia que se desenvolveu mais rapidamente foi de prevenção das chuvas torrenciais. Em 1991, o Instituto Nacional de Meteorologia introduziu um mapa que mede a quantidade das precipitações, que hoje consegue prever em até uma hora de antecedência. E as pesquisas continuam para mais melhorias.
Outras tecnologias de prevenção estão nas estruturas das construções que resistem aos terremotos. Em Tóquio, 87% dos prédios as utilizam. Por exemplo, em 2012, foi inaugurada uma torre de 634 metros com estruturas capazes de resistir aos abalos. Para minimizar os impactos na cidade em casos de tsunami e tufões, no subsolo de Tóquio também foi construído um curso de 6,3 quilômetros para levar grandes volumes de água para os rios, constantemente.
As tecnologias japonesas começaram a se destacar depois do terremoto no nordeste japonês em 2011, considerado o quarto maior terremoto do mundo. Na época, 27 trens balas estavam em funcionamento no Japão inteiro, mas quando o sistema percebeu a vibração preliminar do terremoto, todos os trens balas pararam com emergência antes da vibração principal chegar nas ilhas, evitando vítimas fatais.
Acordo Brasil – Japão
Agora, essas tecnologias de ponta poderão ser aplicadas no Brasil. Isso porque no dia 14 de março, foi assinado um acordo entre o Brasil e o Japão de para melhorar a precisão dos alertas brasileiros. Serão instalados projetos pilotos nas cidades de Blumenau em Santa Catarina e Nova Friburgo e Petrópolis, no Rio de Janeiro.
A parceria se baseia no intercâmbio de pesquisadores de ambas as nações, sendo que desde 2013 o Brasil está recebendo especialistas japoneses. Segundo publicação no site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Serviço Geológico do Brasil detectou 1.123 municípios com alto e muito alto risco de desastres naturais, relacionados, principalmente, com movimentos de massas e inundações no país.
Matéria de Kátia Kishi e Nakoho Kawai.