Os ecossistemas dos grandes biomas têm a capacidade de influenciar diretamente o clima mundial. Portanto, quando os seres humanos degradam as matas, caçam os animais, queimam e desmatam grandes áreas nativas, acabam interferindo na ciclicidade natural de elementos que garantem a nossa própria sobrevivência. A Amazônia e o Cerrado são dois ótimos exemplos sobre esse assunto. Cada qual com suas particularidades, suas distintas importâncias ecossistêmicas e econômicas, mas sob a mesma ameaça: a gestão do atual governo.
A série Escuta Clima é produzida pela Camila Ramos e está ligada ao curso de Especialização em Jornalismo Científico do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) e ao Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri) da Unicamp. O projeto tem o objetivo de divulgar as pesquisas e pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Mudanças Climáticas (INCT-MC) e é apoiado pela bolsa Mídia Ciência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
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Camila Ramos: A boiada passou junto com o Leonardo DiCaprio, que ajudou os povos indígenas a tocar fogo na Amazônia. Já no Pantanal, que é igual a Califórnia, as queimadas são causadas pelas altas temperaturas. Mas, no final, tudo não passa de uma mentira, não é mesmo? Apesar da ironia retratada aqui, essas foram algumas das frases reais e polêmicas ditas pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro.
Desde 2019, vemos com desespero as manchetes nos portais de notícias sobre as queimadas na Amazônia e em outros biomas brasileiros. E ouvimos o presidente e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, negarem omissão contra o desmatamento e o acobertamento de atividades ilegais que são praticadas na Amazônia, como a extração de madeira, a mineração e plantios ilegais.
Durante a Cúpula do Clima de 2021, convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e realizada por videoconferência entre os dias 22 e 23 de abril, ouvimos, assim como todo o mundo, o Bolsonaro dizer que, apesar das limitações orçamentárias do Governo, ele havia determinado o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando recursos destinados às ações de fiscalização para coibir o desmatamento ilegal. Porém, no dia seguinte, ele sancionou o Orçamento de 2021, com vetos que incluíram o corte de 240 milhões de reais da pasta do Meio Ambiente. Segundo reportagem publicada na CNN Brasil, desse montante, serão 11 milhões a menos no orçamento de fiscalização do Ibama, que é o principal órgão federal do meio ambiente. Infelizmente, ver nossas matas ardendo em chamas já virou rotina e talvez continue sendo.
Então, no episódio de hoje, que é o último da série Escuta Clima, vamos entender a importância, as ameaças e como preservar os maiores biomas do Brasil, que são a Amazônia e o Cerrado. Para isso, vamos ouvir dois especialistas da área: o Paulo Artaxo, que é professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC; e a Mercedes Bustamante, que é professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília. Ambos são pesquisadores do INCT sobre Mudanças Climáticas.
Eu sou Camila Ramos e você está ouvindo o Escuta Clima. Um podcast para divulgar as pesquisas do INCT sobre Mudanças Climáticas. É vinculado ao Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, o Labjor, e é uma seção da revista ClimaCom e Rede de Divulgação Científica e Mudanças Climáticas.
[Vinheta do podcast Escuta Clima]
Camila Ramos: A Amazônia é a maior floresta tropical chuvosa do mundo, abrangendo uma enorme área do território brasileiro e se estendendo até partes de outros nove países da América do Sul. Nela está a maior bacia hidrográfica do mundo e uma vasta e rica biodiversidade. Suas interações ecossistêmicas são extremamente relevantes não só pro Brasil como para todo o planeta, como explica o Paulo Artaxo.
Paulo Artaxo: A floresta Amazônica é absolutamente estratégica para o clima global, tanto do ponto de vista da quantidade de carbono armazenado no ecossistema, que corresponde a cerca de 10 anos de toda a queima de combustíveis fósseis, quanto o seu efeito na chuva na América do Sul.
Camila Ramos: O que o Artaxo quis dizer é que a Amazônia libera uma quantidade massiva de vapor de água, gerando nuvens de chuva que irrigam o centro-sul do Brasil. Além disso, as florestas em geral são grandes estoques de carbono, já que esse elemento químico fica armazenado nas árvores e nas raízes das plantas. Ou seja, a partir do momento em que o ser humano desmata e queima essas áreas, o carbono é liberado para a atmosfera na forma de gás e se torna um dos causadores do efeito estufa.
Já falamos do aquecimento global causado por esses gases no primeiro episódio dessa série de podcast, que você encontra na mesma plataforma que nos ouve agora.
Bom, esse aumento da temperatura age, também, contra a floresta que ainda não foi degradada. É uma via de mão dupla. Como explica o Artaxo, novamente:
Paulo Artaxo: O bioma Amazônico está sofrendo significativas perdas por causa do aquecimento global. A temperatura média na Amazônia já subiu 2ºC e é um ecossistema extremamente sensível a qualquer variação na temperatura e na precipitação. Além de pararmos, brasileiros, o desmatamento da floresta Amazônica, é fundamental que haja uma redução na emissão de gases de efeito estufa, porque, se isso não ocorrer, a floresta Amazônica pode não ter condições de sobreviver a um aumento na temperatura de 4ºC a 5ºC ou uma redução da chuva de 30% a 40%. E, portanto, independente do que fizermos do ponto de vista de destruição da floresta, é possível que a floresta não sobreviva ao aquecimento global se mantivermos as emissões grandes que temos atualmente.
Camila Ramos: Em outras palavras, o ser humano consegue causar danos duplicados na mesma floresta. E esses danos podem ser irreversíveis, já que o bioma Amazônico é extremamente sensível e não consegue se regenerar rapidamente. Não podemos simplesmente replantar algumas árvores e pensar que todo o problema está resolvido. Não! O processo é muito mais complexo. Como o Artaxo comenta.
Paulo Artaxo: O bioma Amazônico é extremamente rico e não é possível, no curto e no médio prazo, recuperar esse bioma com a biodiversidade original que ele tinha depois de ele ser desmatado ou destruído. Portanto, é melhor nós preservarmos esse bioma da melhor maneira possível, porque a riqueza da biodiversidade desse bioma é extraordinária e não pode ser reposta facilmente. Pode demorar centenas de anos para a biodiversidade atingir o mesmo nível de que ela tinha antes de ser destruída. Portanto, a melhor política pública é preservar a floresta Amazônica o máximo possível e ir explorando sua biodiversidade de uma maneira sustentável.
Camila Ramos: É importante salientar que a degradação da floresta Amazônica acontece, majoritariamente, por atividades ilegais, ou seja, por invasões de terras públicas e de terras indígenas, que são protegidas pela Constituição. Bom… Eram protegidas. Nos últimos anos, o governo do presidente Bolsonaro e do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, vem deixando a boiada passar ao aprovar diversas medidas, reformas institucionais, desestatizações e flexibilizações que permitiram o desmatamento na Amazônia e atividades ilegais em diversos biomas. Com isso, além dos ecossistemas, os povos tradicionais da região são severamente ameaçados e, muitas vezes, mortos por esses invasores interessados na extração de madeira, no garimpo ou na agropecuária. Ameaças essas que, diversas vezes, foram incentivadas por declarações do próprio presidente da República, ou seja, daquele que deveria garantir a sobrevivência da população.
Paulo Artaxo: Então, obviamente, é importantíssimo que a sociedade brasileira acorde para as ilegalidades que estão ocorrendo na região Amazônica de tal maneira a fazer com que a lei seja cumprida também na região Amazônica protegendo a floresta, protegendo os povos indígenas e protegendo o patrimônio que pertence a todos os brasileiros.
Camila Ramos: Existem diversas formas de explorar economicamente a região de forma sustentável, promovendo, ao mesmo tempo, a conservação do ecossistema. O Fundo Amazônia, um fundo de investimentos gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, é uma forma de financiar iniciativas que têm, justamente, esse objetivo. O Artaxo dá alguns exemplos:
Paulo Artaxo: Várias alternativas trabalhadas ao longo das últimas duas ou três décadas, por várias organizações não-governamentais, mostraram que é possível, por exemplo, fazer exploração seletiva de madeira sem destruir a floresta, trabalhar com a questão do extrativismo, explorar, por exemplo, o açaí (que tem um valor econômico muito alto) e assim por diante. São inúmeros exemplos que mostram que o pior caminho para a floresta Amazônica é destruí-la e transformá-la em gás de efeito estufa. Há maneiras muito mais inteligentes e eficientes de explorar a riqueza embutida dentro da floresta Amazônica.
Camila Ramos: Foram diversos os projetos implementados desde 2008, com o apoio do Fundo Amazônia. Esses projetos, muitos ainda em andamento, ajudaram, ao longo desses anos, a conservar a floresta e diminuir o desmatamento. Até agora.
Porém, nos últimos anos e principalmente no governo atual, estamos presenciando um aumento da degradação ambiental, e a diminuição da ação de diversas políticas públicas, como o Fundo Amazônia.
Mas antes de nos aprofundarmos na questão política, precisamos conhecer outro gigante ecossistema brasileiro, que é extremamente importante para nós e está severamente ameaçado.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, abrangendo cerca de nove estados brasileiros e dominando a maior parte da região central do território. E é fundamental pro nosso país. Como explica a Mercedes Bustamante.
Mercedes Bustamante: O Cerrado tem uma importância vital para o Brasil. Ele é o grande provedor de recursos hídricos para várias bacias hidrográficas importantes do Brasil, que avançam além da própria extensão geográfica do Cerrado. Adicionalmente, o Cerrado é considerado a savana mais biodiversa do mundo. Então, ele abriga uma enorme riqueza de flora e fauna, muitas dessas espécies são endêmicas e só acontecem aqui.
Camila Ramos: Como eu disse, a maior parte do Cerrado está nas regiões centrais do Brasil onde estão, justamente, as maiores áreas de agricultura. E esse é o maior problema, já que muitos agricultores continuam abrindo cada vez mais territórios para as suas atividades e, consequentemente, acabam degradando a biodiversidade nativa que está em seu caminho.
Já vimos no episódio anterior que a produção de alimentos não deve ser vista como vilã desde que seja feita de forma sustentável e que os agricultores tenham em mãos informações suficientes sobre como explorar a região sem danificar o bioma. Você pode ouvir o episódio intitulado “A produção de alimentos nos dois lados da porteira” nessa mesma plataforma que nos ouve agora.
Mas é inegável que, atualmente, a agropecuária é a maior ameaça do Cerrado e a Mercedes explica o porquê:
Mercedes Bustamante: Bom, a fronteira, o movimento da fronteira agropecuária no Cerrado, ela continua sendo um vetor muito importante de alterações em larga escala do bioma com perda expressiva da cobertura vegetal. Essa substituição de uma savana diversa por um sistema de monocultura, seja de pastagem, seja de agricultura de grãos, têm um impacto direto sobre o funcionamento hidrológico do Cerrado, permitindo que menos água retorne para a atmosfera na forma de vapor de água e haja menos recarregamento do conteúdo de água do solo. Então isso tem um impacto muito direto sobre a provisão desses recursos hídricos. Adicionalmente, ela é uma agricultura, em geral, bastante intensiva com uso de recursos como fertilizantes, como agrotóxicos, também representam um problema de contaminação para os sistemas nativos que estão próximos dessas áreas cultivadas.
Camila Ramos: O fogo também é uma questão relevante no Cerrado, mas sobre esse assunto é preciso entender que existem duas situações diferentes: o regime de fogo natural e o manejo de fogo antrópico.
Toda a vegetação do Cerrado tem uma maior resistência pro fogo, porque, naturalmente, entre a transição das estações secas e chuvosas acontece o período do regime de fogo, que oferece benefícios, por exemplo, quando renova os nutrientes do solo. Então, o problema acontece quando essa periodicidade do regime é alterada pela ação dos seres humanos. E a Mercedes explica essa questão:
Mercedes Bustamante: O que nós observamos hoje é um aumento da frequência de queimadas em determinadas áreas do Cerrado motivadas pela ação antrópica, muitas vezes o manejo de áreas de pastagem com o uso do fogo para renovação das pastagens e esse fogo então, ele acaba escapando e invadindo áreas naturais provocando grandes incêndios. Então, a grande diferença da queimada natural e da queimada antrópica se refere exatamente a essa mudança do regime. Então, embora a vegetação, ela tenha adaptações para responder a questão do fogo, tudo isso depende com que frequência e com que intensidade, qual é o intervalo que ocorre para que essa vegetação se recupere. Se a gente sai desse linear, desse regime natural do fogo, a vegetação não tem condições de se recuperar a tempo da próxima queimada e isso leva, então, a um processo de degradação da vegetação com a abertura cada vez maior das áreas, com uma maior entrada de gramíneas, acentuando ainda mais esses efeitos deletérios do fogo.
Camila Ramos: Além de tudo isso que a Mercedes falou, o problema se acentua no momento em que o fogo transforma as árvores (que são estoques de carbono) em gases de efeito estufa, da mesma forma que acontece na Amazônia, como já dissemos. Então, entendendo a necessidade de conservação, mas, também, percebendo a importância da região para a economia do Brasil e dos pequenos agricultores é necessário pensar em soluções pro problema e a Mercedes tem algumas.
Mercedes Bustamante: É importante a gente lembrar que o Cerrado, ao contrário da Amazônia, onde a maior parte das terras são públicas, a maior parte das terras se encontram nas mãos de proprietários privados. Então, é muito importante que o sistema público tenha uma boa relação com o setor privado, no sentido de indicar que haja o incentivo, a prática sustentáveis para produção com a redução do desmatamento e, ao mesmo tempo, que haja uma fiscalização para que seja coibido o desmatamento ilegal do Cerrado. Ao mesmo tempo, é importante que haja um entendimento, também, de como o fogo pode ser utilizado para manejo da biodiversidade no Cerrado, sem provocar uma série de impactos negativos. Então, uma gestão responsável do fogo, ela também demanda um conhecimento técnico de quais são os impactos ecológicos que um manejo equivocado do fogo pode trazer para o bioma Cerrado.
Camila Ramos: Outra alternativa para mitigar os problemas da região se encontra na sabedoria do povo tradicional, afinal, o Cerrado abriga uma valiosa diversidade de comunidades indígenas, quilombolas, geraizeiros, entre outros. Esses povos tradicionais se desenvolveram tendo uma relação mais harmoniosa com as terras que habitam. Eles sabem como explorar a região do Cerrado e manejar o fogo de forma mais sustentável, ao mesmo tempo que protegem seus recursos naturais. Como a Mercedes comenta:
Mercedes Bustamante: Então, elas têm um papel, hoje, muito importante, porque vários dos últimos grandes remanescentes de Cerrado se encontram, exatamente, nos territórios desses povos e comunidades tradicionais e é muito importante que esses territórios sejam reconhecidos pelo poder público brasileiro, permitindo, então, que esses povos tenham direito a manutenção de seus meios tradicionais de vida. E da mesma forma, a sociedade brasileira só tem a ganhar com essa riqueza cultural que também pode ser uma enorme fonte de soluções para os nossos problemas atuais.
Camila Ramos: Isso que a Mercedes falou é muito interessante, já que as populações tradicionais são constantemente ameaçadas e, até mesmo, mortas por aqueles que invadem suas terras. Então, vamos entender a visão desses dois renomados pesquisadores que ouvimos hoje sobre a situação atual do Brasil.
O combate ao desmatamento não é um assunto novo. Na verdade, a discussão desse tema já dura décadas, desde as primeiras conferências do clima. E nessas reuniões internacionais, mais especificamente no Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a zerar o desmatamento na Amazônia Legal e reflorestar 12 milhões de hectares até 2030. O que hoje sabemos que essas metas estão longe de se tornarem verdade, como pudemos ver nesse episódio.
Aliás, Na Cúpula do Clima, o presidente Bolsonaro deixou de lado os comentários sarcásticos e até que assumiu um tom mais moderado no discurso, prometendo acabar com o desmatamento ilegal em nove anos e alcançar a neutralidade climática até 2050. No entanto, como vimos, seu governo continua cortando verbas para fiscalização do meio ambiente. Ah, ele também já declarou interesse pela saída do Brasil do Acordo de Paris. Por isso, o discurso de Bolsonaro foi visto com muito ceticismo pelos líderes internacionais e especialistas na área.
Sobre isso, o Artaxo comenta:
Paulo Artaxo: A sociedade brasileira tem que se unir contra a criminalidade que domina o desmatamento da região Amazônica, contra a criminalidade que mata e compromete a vida dos povos indígenas e contra a criminalidade de invasão de terras públicas na região Amazônica. Quer dizer, é intolerável, que em pleno século XXI, que atividades como essas ainda ocorram e, na verdade, nós precisamos de políticas públicas claras, fortes e implementadas por todos os governos, que sejam políticas de estado para proteger a destruição da floresta Amazônica, porque isso é um patrimônio que terá um valor inestimável para as próximas gerações de brasileiros e é nossa obrigação fazer tudo para preservar para as próximas gerações até que nós possamos explorar economicamente os enormes recursos da biodiversidade que a floresta Amazônica embute.
Camila Ramos: E a economia é um fator motivador para mudança, afinal, não só nossa produção agropecuária será afetada com o aumento do aquecimento global, como as relações internacionais do Brasil serão comprometidas com o descaso do governo atual.
Diversos países europeus já estão limitando a compra de produtos brasileiros porque não querem alimentar o mercado ilegal do desmatamento e pedem que o Brasil siga os valores acordados em Paris. Sobre a economia, a Mercedes concorda com o Artaxo:
Mercedes Bustamante: As mudanças ambientais globais, elas se constituem, hoje, um dos grandes desafios da humanidade e o Brasil não está afastado desses desafios. Então, é muito importante, que a questão da conservação ambiental ela se torne uma política de Estado efetiva para a geração presente, mas, também, para as futuras gerações. Dificilmente o Brasil vai conseguir fazer uma retomada econômica duradoura se ele não pensar claramente na questão da conservação dos recursos naturais. Nós somos um país cuja economia depende da produção de energia hidrelétrica, cuja economia depende da produção agropecuária, e ela pode, então, ser bastante prejudicada caso o Brasil não considere a questão ambiental como uma questão econômica também.
Assim chegamos ao fim deste episódio, mas antes, nós do Escuta Clima queremos deixar nosso apelo para sociedade brasileira e para o poder público, que limitem a emissão de gases de efeito estufa e cuidem da nossa biodiversidade e população que estão na linha de frente das mudanças climáticas.
Agradeço a todos os pesquisadores do INCT sobre Mudanças Climáticas que colaboraram com esse projeto. E agradeço a você, ouvinte, por acompanhar a nossa série. Mas caso você tenha chegado agora, ouça os episódios anteriores, que estão disponíveis nessa mesma plataforma que você está nos ouvindo agora.
Eu sou Camila Ramos. E este é o Escuta Clima. Um podcast sobre pesquisas relacionadas ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Mudanças Climáticas. Este podcast é apoiado pelo Programa Mídia Ciência da FAPESP. Este projeto de jornalismo científico, está sendo desenvolvido no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade, da Unicamp. E é uma seção da revista ClimaCom e Rede de Divulgação Científica e Mudanças Climáticas. Tem a supervisão científica da pesquisadora Simone Pallone de Figueiredo e jornalística da pesquisadora Susana Dias.
A trilha sonora foi desenvolvida pelo Lucas Carrasco, que tem apoio do PIBIC, do CNPq. A edição do podcast é feita pelo Octávio Augusto Fonseca, da Rádio Unicamp, com apoio do Gustavo Campos, que tem suporte da bolsa SAE. A divulgação nas redes sociais é feita pela Helena Ansani Nogueira. A locução da vinheta é de Bruno Moraes.