As plantas que possuem interesse agronômico, principalmente aquelas que servem de alimento, são o foco de pesquisa de muitos melhoristas vegetais. Eles procuram melhorar a produtividade da planta, seu aspecto, seu valor nutricional e quaisquer outras características que possam contribuir para um melhor produto final.
Na linha de produção de alimento o agricultor exerce um papel de destaque. É ele o responsável pelo cultivo das plantas, pelo seu manejo em campo e é o mais interessado em obter um bom retorno na venda do seu produto. Ele detém um grande conhecimento empírico sobre diversas espécies vegetais e, tal conhecimento, muitas vezes não é compartilhado com o pesquisador.
Mas no melhoramento participativo há o alinhamento do conhecimento de pesquisador e produtor para a produção de espécies vegetais mais produtivas e com maior potencial de venda. Para isso, os estudos realizados dentro da universidade consideram a demanda do produtor, e ainda levam em contam a expertise do agricultor na hora de selecionar plantas com as melhores características agronômicas.
O professor José Baldin Pinheiro da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” em Piracicaba realizou o melhoramento participativo do gengibre, juntamente com a professora Elizabeth Ann Veasey e as doutoras Nancy Farfan Carrasco e Eleonora Zambrano Branco, todas da mesma instituição. O professor Pinheiro contou como acontece o melhoramento participativo de uma espécie e em que pé está o melhoramento participativo do gengibre, espécie importante para produção de alimentos e produtos medicinais.
Esse Oxilab foi produzido, gravado e editado por Maria Letícia Bonatelli e faz parte do projeto Mídia Ciência da Fapesp “Produção jornalística das pesquisas realizadas no Departamento de Genética da ESALQ/USP, com especial enfoque para o Laboratório de Genética de Microrganismos Prof. João Lúcio de Azevedo”.