No último programa, nós falamos sobre a autoridade da ciência; neste, mudamos um pouco o enfoque para falar sobre a autoridade médica. Será que a relação entre médicos e pacientes é equilibrada ou será que existe uma visão do médico como autoridade inquestionável? Quem é que toma as decisões dentro do consultório quando o assunto é você e o seu corpo? Como podemos construir uma relação mais horizontal, em que médicos e pacientes se comuniquem e cheguem juntos às decisões? Essas e outras questões foram tratadas ao longo do “Oxigênio #48 – E aí, doutor?”.
Para discutir o tema, fizemos entrevistas com os professores Gustavo Tenório Cunha, do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, e Reinaldo Ayer de Oliveira, do Departamento de Medicina Legal, Ética Médica, Medicina Social e do Trabalho da Faculdade de Medicina da USP. Além disso, contamos com o depoimento da Sophia La Banca de Oliveira, colaboradora do Oxigênio, que falou de sua experiência com o processo transexualizador, e com a participação do Fernando Calderan, que é psiquiatra do Núcleo Trans Unifesp e comentou esse mesmo assunto a partir do ponto de vista médico.
O objetivo do programa foi tentar entender a causa do distanciamento entre médicos e pacientes e os caminhos para melhorar essa relação que tanto faz parte do nosso cotidiano. Falamos da ética, da humanização na medicina e da necessidade de dar voz e autonomia às pessoas para que possam participar das decisões que envolvem seu corpo e seu tratamento médico.
A apresentação do programa foi de Beatriz Guimarães e Sarah Lima, com colaboração de Bruno Moraes, Sophia La Banca de Oliveira, Leonardo Fernandes e Maria Letícia Bonatelli, e trabalhos técnicos de Octávio Augusto Fonseca.
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