Este é o terceiro episódio da série Poluição Luminosa, que foi produzida por Marco Centurion. Neste episódio, Marco, que é físico e especialista em jornalismo científico, conta como as luzes artificiais cada vez mais intensas rompem o equilíbrio natural das noites, afetando diretamente a saúde humana, alterando o crescimento das plantas e desorientando espécies animais.
Os entrevistados do episódio são a Juliana Ribeirão de Freitas, bióloga e docente do Instituto Federal do Mato Grosso, e Raone dos Reis Mariano, biólogo e mestrando no Programa de Pós-graduação em Biotecnologia e Monitoramento Ambiental (PPGBMA) pela UFSCar – Sorocaba.
Esta série tem três episódios e foi produzida por Marco Centurion, como trabalho de conclusão do curso de Especialização em Jornalismo Científico, curso oferecido pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade, da Universidade Estadual de Campinas. O orientador do projeto foi Alfredo Luiz Suppia, colaborador do curso e professor do Instituto de Artes, da Unicamp.
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Roteiro
[Abertura com a trilha “'Six Coffin Nails' by Kerosyn | Electronic Metal Music (No Copyright)]
Marco Centurion: As luzes artificiais cada vez mais intensas vêm rompendo o equilíbrio natural das noites, afetando diretamente a saúde humana, alterando o crescimento das plantas e desorientando espécies animais. Muito além de apagar as estrelas do céu, a poluição luminosa impacta profundamente os ciclos biológicos e nossa conexão com a natureza.
Raone dos Reis Mariano: Existem espécies de aves que fazem migração ainda à noite. Então a luz pode interferir no trajeto migratório dessas aves. Existem espécies de tartarugas que também sofrem com isso, principalmente quando eclodem dos ovinhos, estão saindo pela praia. Se houver ali uma iluminação e próximo da praia, isso pode direcionar a tartaruguinha ao invés de ir para o mar para sentir o continente, então acaba sendo predado ou até mesmo morrem aí por n questões, né?
Marco: Entender como o excesso de luz atrapalha diversos pontos da vida na Terra e as implicações de vivermos em um mundo onde as noites já não são verdadeiramente escuras, é só um ponto de partida. Outras instâncias da sociedade precisam começar a atuar ativamente na retenção da poluição luminosa.
Juliana Ribeirão de Freitas: Publiquei aí com o meu aluno um artigo em que a gente fez um levantamento, aí da questão legislativa com relação a com foco na biodiversidade no Brasil. E a gente encontrou ali um punhado de leis municipais e a maior parte delas focada na questão da observação astronômica, né, e que acaba tendo algum impacto na biodiversidade. Um impacto benéfico, claro. Mas não é esse o foco, né?
Marco: Meu nome é Marco Centurion e neste episódio trataremos de como a poluição luminosa é taciturna em suas consequências nos seres vivos.
Alterações comportamentais na vida selvagem, influenciadas pela iluminação artificial inadequada, já são assunto dentro da comunidade científica, especificamente os biólogos, já há uns bons anos. Taxas de reprodução, migração, crescimento e até mesmo extinção entre de espécies, vêm sendo observadas de perto em ambientes em que antes havia uma demarcação precisa em padrões de dia e noite. Juliana Ribeirão é bióloga e docente do Instituto Federal do Mato Grosso. Juliana, que possui publicações justamente acerca dos impactos da poluição luminosa e preservação da biodiversidade, ressalta que poucos anos sob os efeitos dessa luz não natural, não são suficientes para que haja alguma adaptação no modo de vida dos animais.
Juliana Ribeirão de Freitas: Na verdade, a poluição luminosa como um todo, é qualquer alteração dos níveis de iluminação artificial, seja em quantidade, ou seja em intensidade ou em tipo, um tipo de onda de luz que está sendo emitida. E como a gente tem a vida na Terra, todas as formas de vida na Terra, desde que surgiu, ela vem evoluindo ao longo do tempo, com ciclos.
São ciclos de claro e escuro, ciclo de 24 horas de claro e escuro, ciclos mensais da Lua que tem uma parcela de iluminação também, né? E então a gente vem evoluindo nesse padrão, e aí de repente digo de repente porque a gente está falando aí numa escala de milhões de anos, e aí, de repente, no último século, a gente tem uma alteração brusca desses padrões, né? E isso vai ter impactos em vários níveis biológicos. Tem registro de impacto genético, fisiológico, comportamental, no sucesso reprodutivo das espécies porque não conseguem acasalar. No caso dos vagalumes, esse é um problema. Eles não conseguem se encontrar para acasalar. E aí tem um problema do sucesso reprodutivo, né, que leva à extinção da espécie, pode levar à extinção da espécie. E pode haver alterações, por exemplo, de densidade populacional, alteração dos padrões migratórios, né? Tudo isso tá, são impactos, né? Que as alterações da iluminação podem causar na biodiversidade.
Marco: O biólogo Raone dos Reis, em concordância com Juliana, destaca também os aspectos evolutivos de uma ampla diversidade de espécies animais, que são afetados pelas mudanças ambientais provocadas pelas atividades humanas.
Raone dos Reis: Os trabalhos, assim mais conhecidos, os trabalhos mais robustos que se tem na literatura, eles estão muito voltados a tanto as tartarugas. Muitos trabalhos também estão direcionados às aves. É muito em função dos aspectos migratórios que algumas dessas aves fazem. Continuam a sua migração mesmo à noite. Com relação a outros animais que possam ter algum tipo de problema com a iluminação artificial, eu arriscaria dizer que todos! Eu arriscaria dizer que todos! Por exemplo, nós aqui na região de Sorocaba, a gente está bem próximo a região de Mata Atlântica. A gente está bem próximo a regiões de Cerrado também. E são ambientes de caça para onça. Tanto a onça parda, né? A suçuarana, quanto a onça pintada. E a gente sabe que o felino, ele tem hábitos totalmente noturnos, principalmente para caça, né? Ou crepuscular ou noturno. A gente sabe que os outros animais que dependem da caça fazem o uso dessa do ambiente escuro para poder se alimentar, né, Para poder realizar ali a caça. Então, a iluminação artificial, quando ela chega a esses ambientes mais próximos, com certeza vai causar um desequilíbrio, seja para animais pequenos como os vagalumes, como foi o meu objeto de estudo, como para esses animais maiores, que são os grandes animais bandeiras que nós temos aí, né? Quando falamos em questão de processo de preservação ambiental. Todos, ao meu ver, eu acredito que todos os animais que dependam de, fazem, né, Caça. E animais também que não são caçados. A iluminação vai prejudicar ele, e assim, diretamente? Sem sombra de dúvidas. Até mesmo porque a gente também tem. E todo. Todo ser vivo. E ele tem os seus momentos do seu dia, né? Que são o que a gente chama de ciclo circadiano. Então, qualquer tipo de alteração, qualquer tipo de coisa que não esteja no seu devido lugar vai trazer algum tipo de alteração.
Marco: Apesar da ampla gama de trabalhos já publicados sobre como a poluição luminosa afeta a vida selvagem, algumas consequências são difíceis de mapear, uma vez que a biodiversidade é bastante dinâmica em suas relações.
Juliana Ribeirão de Freitas: É são muitos trabalhos, são muitos contraditórios. Porque por um lado, a gente já tem. Eu digo que é contraditório porque já tem uma quantidade de trabalhos mostrando que há impactos. Isso é, são muitos assim. Mas ao mesmo tempo é um. Existe uma grande lacuna do conhecimento, porque a gente tem um volume de informações sobre esses impactos, mas a gente não consegue dizer ainda quais são as consequências desses impactos, e como uma coisa está atrelada a outra. Porque os ecossistemas, eles são e são baseados em uma rede de vários elos. Todas as coisas estão interconectadas. E aí, quando você altera um elo ali nessa cadeia que funciona, você altera todo o resto e prevê a consequência nos outros níveis é muito, é muito complicado. Então a gente tem, por exemplo, registros de alterações, acho que as tartarugas são os mais clássicos, né?
Porque as tartarugas, elas se guiam pela pelo reflexo da luz da lua no mar. Quando elas saem do ninho, nelas as as tartarugas, elas desovam sempre na mesma praia onde elas nasceram e aí enterram os ovos. Quando elas saem dos ovos, a mãe já não, já não está mais ali, ela nada em direção ao reflexo da lua que está no mar. E aí, o que acontece? O que há registros, né, do que tem acontecido? Ela não sabe muito bem onde é que tá a lua, né, porque quando você tem um ambiente natural que é totalmente escuro, você tem a lua ali. Muito, muito obviamente, né? E aí, se você tem uma orla que é toda iluminada, como é a maioria das orlas, né? Mas no Brasil eu publiquei um trabalho que mostra com dados como que o nosso litoral é muito mais iluminado do que o resto. E aí a tartaruga então vai ficar perdida, Não vai conseguir ir para o lugar onde ela tem que ir e que é o mar e eventualmente pode morrer de fome ou então vira presa fácil de predadores que inclusive esperam essas tartarugas, etc e tal.
[Vinheta: fade-in da faixa “Final Confrontation”]
Marco: Mencionado anteriormente por Raone, o ciclo, ou ritmo circadiano é a organização das funções biológicas de forma a se repetir a cada 24 horas. Como diz o nome CircaDiano, ou seja, “cerca de um dia”. O ser humano é um animal diurno e parte do nosso sistema endócrino, responsável pela geração e distribuição hormonal no corpo, depende da determinação adequada de ciclos de luz e escuridão. A melatonina, um hormônio que nós produzimos naturalmente, é um dos marcadores do ciclo circadiano.
Juliana Ribeirão de Freitas: A gente tem o hormônio melatonina, que agora tá até é uma palavra até da moda, né? Quando eu comecei a estudar essas questões, ninguém falava muito não da melatonina, mas agora virou uma palavra da moda. E acho que as pessoas estão tomando melatonina para conseguir dormir e tal. Não tinha. Quando eu comecei a estudar, não faz tanto tempo assim, mas não se falava sobre isso, né? Mas acho que era já uma, era previsto que isso viesse à tona, porque né, a poluição luminosa do jeito que tá, né? E aí um dos problemas sérios que a gente tem com relação a essa questão do sono, digamos, do humano especificamente, é porque a gente tem a Associação Internacional, a Dark Sky Association, né? A IDA. Ela estabelece algumas alguns tipos de poluição luminosa. Então a gente tem, por exemplo, a poluição, que vai de espalhamento, que espalha pelo céu e tal. E tem uma que eles chamam de trespass, que é uma luz invasora, né? E a gente sente isso em casa. Você às vezes vai dormir. Você precisa de se proteger dessa luz que vem de fora, porque é um outdoor que tá ligado a noite inteira. É um holofote. Coisas desse tipo. Às vezes, quando tem festa, tem aqueles holofotes que ficam virados para cima e tal. Então é uma luz invasora mesmo. Ela invade mesmo. Então tá ficando cada vez mais difícil da gente conseguir se esconder dessa dessa claridade, né?
Marco: A Dark Sky Association, citada por Juliana, é uma associação que trabalha para reduzir a poluição luminosa e conscientizar a população sobre os danos que a luz artificial pode causar ao meio ambiente. A IDA, forma como a Dark Sky é comumente chamada, determina alguns tipos de poluição luminosa. Light Trespass é a invasão de luz parasita em nossas casas, a qual Juliana citou. Outros tipos são o ofuscamento, ou Glare, que acontece quando existe uma variação muito brusca de iluminação entre os ambientes, dificultando a adaptação dos nossos olhos, ou até mesmo deixando aquelas manchinhas temporárias em nossa visão. Existe ainda o SkyGlow, ou brilho dos céus, quando tem um clareamento do céu noturno a partir da luz urbana que escapa para cima criando uma espécie de névoa que impede a observação do céu. Este último tipo pode ainda ser intensificado caso o ar esteja também muito poluído.
Juliana Ribeirão de Freitas: E, existem alguns estudos com camundongos que vão atrelar o excesso de iluminação ou a falta de períodos de escuro, à incidência de diabetes, de câncer no nível, no nível, no nível genético, inclusive. E aí, como humanos, até onde eu conheço, né? Com a saúde humana a gente não tem nenhum estudo que seja laboratorial. Assim desse tipo, como tem os camundongos, né, de deixar os camundongos ali sem acesso ao escuro, vamos dizer assim. E aí ver como é que fazer o exame de sangue e tal. Mas a gente pode falar também do impacto da poluição luminosa na saúde humana do ponto de vista da saúde pública, quando você atrai insetos excessivamente para área urbana, para uma área mais iluminada, você vai atrair insetos que são vetores de doenças, né? Para nós.
Então, o ideal para que se tenha um equilíbrio, né? Que a gente tenha ambientes onde as populações de espécies podem viver tranquilamente para que elas não precisem sair dali e vir interagir conosco e nos trazer doenças.
[Vinheta: fade-in da faixa “atmospheric-soundscape”]
Marco: A compreensão de até onde a poluição luminosa afeta a vida de uma forma geral, não deve ficar retida dentro da academia. O reconhecimento de que a poluição luminosa é um problema real por parte de outros atores da sociedade, é visto tanto por Raone, quanto por Juliana, como louvável, mas está longe de ser o necessário para que haja uma melhora significativa.
Raone dos Reis: Eu acredito que assim, existem parlamentares no nosso país que tentam ouvir. Eu não acho que nem tudo é ruim, né? Acho que existem sim, alguns parlamentares que tentam ouvir o pessoal da academia, tentam dar um pouco mais de atenção para alguns aspectos mais científicos, mas eu acho que deveria ser um pouquinho mais. Eu acredito que a conversa deveria ser mais abrangente ou mais aprofundada. Quando a gente inicia um estudo, a gente busca o máximo de informação possível e o mínimo de viés amostral para que a gente tenha de fato um trabalho robusto e para que a gente consiga trazer uma certa autoridade para esse trabalho. Então, quando esse trabalho é representado em algum projeto de lei, é o ápice da contribuição da ciência para a sociedade. Então eu enxergo dessa forma. Eu acho que tem, mas deveria ser algo bem mais aprofundado.
Juliana Ribeirão de Freitas: As próprias áreas protegidas não dão conta dessa questão. A gente não tem. É, bom! As áreas protegidas no Brasil. Elas têm já um problema de origem, né, Que é o seguinte a gente nunca tem a demarcação de uma área protegida, porque ali é o lugar mais importante e mais valoroso. Não! Em geral, as áreas protegidas são áreas que sobram que já não tem mais uma relevância econômica. E então a gente tem que proteger uma quantidade de biodiversidade. Vamos proteger aquilo ali que ninguém quer. Infelizmente, é mais ou menos essa a lógica, né? E aí então a gente já tem esse problema. E aí mesmo essas áreas protegidas, tendo ali um manejo, tendo ali os cuidados que tem que ter, etc. A poluição luminosa não é, não é uma questão. Em geral, para manejo de áreas protegidas, por exemplo, né? Hoje a gente já tem algumas iniciativas, por exemplo, com relação ao astroturismo, né? A gente já tem o astroturismo já é um jargão como? Como o ecoturismo, né? Pegou que é esse turismo de natureza e tal.
Agora já tem o astroturismo, que é ir para os lugares escuros. Então já está havendo uma iniciativa nesse sentido de grupos que se preocupam com isso, com, né? E aí inclusive se preocupam em divulgar essa questão. Mas com relação à biodiversidade, nem no ponto de vista legislativo, nem do ponto de vista de iniciativas independentes, são pouquíssimas.
[Vinheta: fade-in da faixa “Final Confrontation”]
Juliana Ribeirão de Freitas: O Brasil é um país que tem um potencial enorme. Primeiro, porque a gente tem dois grandes hotspots. Os hotspots são os pontos quentes para a conservação biológica. São ambientes que têm um alto grau de ameaça, que tem uma quantidade muito grande de, uma variedade muito grande de espécies e uma quantidade muito grande de espécies endêmicas. No caso do Brasil, é a Mata Atlântica e o Cerrado. E aí a gente tem, não só por conta desses dois hotspots, mas a gente tem uma biodiversidade que é muito grande, uma biodiversidade tropical, e a gente tem dimensões que são continentais. Outra coisa que a gente tem também são locais que ainda estão, quando a gente pensa do ponto de vista da escala global, quando a gente pensa na visualização via satélite, a gente ainda tem locais que estão, que a gente pode considerar preservados regiões dentro da Amazônia, a gente ainda tem locais. Não é que assim não, é que lá não tem iluminação nenhuma, Não é isso. Quando você vai em loco, tem uma lâmpada ou outra. Mas do ponto de vista das imagens de satélite, né? O meu trabalho do doutorado mostrou isso. A gente ainda tem regiões que estão virgens, digamos assim, né? Então a gente tem e a gente tem dimensões continentais, que dentro de um mesmo território legislativo, que nos dá a oportunidade de legislar para tudo isso, né? Então, isso é um grande potencial e um grande potencial não poderia ser desperdiçado.
Marco: A humanidade possui uma capacidade de modificação ambiental muito grande. Conseguir converter essa habilidade inventiva para algo que busque preservar o planeta em que habitamos, de forma a vivermos harmoniosamente com os animais e plantas, passa por reconsiderar parte do nosso modo de vida. A poluição luminosa é uma disfunção dessa habilidade inventiva. Uma degradação lenta e irracional, que apaga os céus, nos desconecta de nossa ancestralidade, interfere em ciclos biológicos e elimina espécies. A pergunta que fica é: quem serão os maiores impactados por essa prática essencialmente humana?
[Vinheta: fade-in da faixa “Cinematic Documentary Chill by Infraction [No Copyright Music] _ Moments Passed”]
Juliana Ribeirão de Freitas: Eu não vejo que o futuro da biodiversidade em si seja muito trágico. Porque a vida, ela existe no planeta muito antes, como a gente conversou ali no início, né? A vida vem evoluindo, a vida como um todo vem evoluindo em ciclos de claro e escuro, de luas. Enfim, ciclos de aproximadamente 28 dias, vem evoluindo com isso ao longo de milhares de anos. É essa questão que está acontecendo agora, ela surgiu aí nos últimos 200 anos, né? Então, quem vai ser o grande prejudicado com essa questão toda, é no fundo, no fundo, é a humanidade que a vida vai achar os caminhos dela, de se, de se adaptar, de se, né? Não, não serão. Possivelmente não serão as mesmas espécies que a gente tem hoje. Possivelmente não será o mesmo ecossistema com esse mesmo funcionamento que a gente tem hoje.
O que é uma lástima, porque é maravilhoso, né? Funciona de maneira assim, quase que perfeita, eu diria. Mas ela vai achar os seus caminhos. Aí a grande questão é o ser humano. A gente aumenta a disseminação de doenças para nós mesmos. A gente aumenta a incidência de problemas com relação ao sono, que nos leva a uma saúde mais precária. Então, na verdade, eu acho que quando a gente fala de conservação da biodiversidade, a gente não está falando dos animais, nem das plantas e nem das bactérias, nem de ninguém.
A gente está falando do ser humano. E aí a minha visão para o ser humano, para os próximos anos, aí se a gente não fizer nada com relação à poluição ambiental em específico, mas ao modo de vida que a gente tem de maneira geral e ao modo como a gente se relaciona com o planeta onde a gente vive, não é, não é um futuro muito bonito, não. É um futuro de extinção mesmo.
Marco: Este episódio foi produzido, roteirizado e apresentado por mim, Marco Centurion, como produto do trabalho de conclusão do curso de Especialização em Jornalismo Científico do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, o Labjor, da Unicamp. Para a produção deste episódio foram entrevistados o Raone dos Reis Mariano e a Juliana Ribeirão de Freitas.
O Oxigênio é um podcast produzido pelos alunos do Labjor e colaboradores externos. Tem parceria com a Secretaria Executiva de Comunicação da Unicamp e apoio do Serviço de Auxílio ao Estudante, da Unicamp.
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