#112 Casa de orates – ep 02 – Vai passar!
dez 10, 2020

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O Casa de Orates é uma série do Oxigênio para conversar sobre saúde mental. No primeiro episódio falamos sobre quais aspectos da sociedade atual têm contribuído para aumentar os casos de transtornos mentais, principalmente ansiedade e depressão.

Nesse segundo, vamos falar sobre como é lidar com um diagnóstico de transtorno mental, a partir do relato da Roberta Bueno, que também narra o episódio, junto com o Rafael Revadam. Embora cada caso tenha suas particularidades, em todos eles o primeiro passo é perceber que algo não está bem e procurar ajuda. Depois do diagnóstico, é importante ter o acompanhamento de profissionais qualificados e seguir suas orientações. Não é simples, já que o tratamento às vezes demora e a melhora nem sempre vem na velocidade esperada. 

Para discutir o papel de diferentes especialidades profissionais no tratamento das doenças da mente, contamos com a colaboração de Paula Andrada, psicóloga; Carlos Eduardo Rodriguez, psiquiatra; Fauziane Beydoun, nutricionista; e Paulo Ricardo Guerreiro, educador físico.

O episódio do Corpo podcast mencionado nesse programa está disponível em <https://oxigenio.comciencia.br/86-serie-corpo-episodio-1-vinho-e-vinagre/>

Roteiro:

Roberta – Sou ansiosa desde criança, mas só descobri que tenho TAG – transtorno de ansiedade generalizada – na idade adulta, por volta dos 23 anos, depois de começar a fazer terapia. Daí, os meus medos sem sentido, os meus pensamentos acelerados e as palpitações no peito começaram a ser compreendidos por mim como sintomas da ansiedade. Por incrível que pareça, quando o que eu sentia ganhou um nome, as coisas começaram a ficar mais claras e eu comecei a lidar melhor com todas essas sensações e a reconhecer quando uma crise de ansiedade se aproxima. 

No final de 2019, por volta de outubro ou novembro, a ansiedade veio com tudo e não quis ir embora. Eu tava fazendo terapia e tomando o ansiolítico recomendado pelo médico para ser usado esporadicamente durante os períodos ansiosos, mas nada parecia aliviar a crise. Passava uns dias bem e voltava a sentir todos os sintomas ansiosos de novo, mas com algumas novidades: uma perda gigante de energia, um desânimo e uma angústia enorme.

Rafael – A história da Roberta se mistura com tantas por aí. Como falamos no primeiro episódio, diferentes transtornos mentais podem ter sintomas parecidos. Para se chegar a um diagnóstico adequado é preciso uma avaliação cuidadosa, e ainda assim isso pode demorar um tempo. 

Roberta – Foi durante uma sessão de terapia que chegamos – eu e minha terapeuta – à conclusão de que eu estava com um transtorno misto de ansiedade e depressão. Isso pra mim foi uma surpresa, porque eu nunca tinha tido depressão antes e pensava que, por serem diferentes, ou a pessoa tinha depressão ou ela tinha ansiedade. Achava que não dava pra ter as duas ao mesmo tempo! Mas pra minha surpresa, esses transtornos podem vir juntos e embaralhar a nossa mente! 

Ao passar por essa experiência, eu percebi que é preciso falar sobre os transtornos mentais, sem medo e sem vergonha, pois muitas pessoas passam pela mesma coisa, mas não falam e sofrem caladas por receio do que o outro vai pensar. Não temos que ter vergonha por estarmos doentes.  

Rafael – E ainda tem o fato de que muitas pessoas pensam que os transtornos da mente não são doenças, já que eles não são tão perceptíveis quanto as doenças do corpo. Muitos chegam a falar que a depressão é falta de vontade, preguiça ou frescura. Mas não é. 

Eu sou Rafael Revadam e este é o Casa de Orates, um podcast para falar sobre saúde mental.

Roberta – E eu sou Roberta Bueno, e esse segundo episódio é sobre mim, sobre você e sobre todos que vivem com um diagnóstico de transtorno mental.

Paula – Bom, quando a gente fala do transtorno misto de ansiedade e depressão, a gente tá falando de sintomas que se apresentam ao mesmo tempo: sintomas ansiosos e sintomas depressivos, sem que haja uma prevalência, né… Há uma mistura mesmo desses dois sintomas. Eu uso uma metáfora que é assim: é como se a pessoa tivesse colocado um óculos cinza e um óculos com uma certa distorção na lente. Então, enxerga tudo mais fúnebre do que é e com uma certa distorção da realidade, tendendo a uma interpretação mais pessimista da vida e dos eventos. 

Rafael – Quem tá falando é a Paula Andrada, doutora em Psicologia pela PUC-Campinas e especialista em psicologia clínica pela Universidade de São Paulo, a USP. 

Paula – A sensação é tão ruim e a pessoa não vê perspectiva de sair daquilo. A palavra, o sentimento que as pessoas mais expressam quando vivem esse tipo de transtorno é desespero. A sensação é de desespero. Essa oscilação, a pessoa não sabe se tá deprimida, se tá ansiosa.

Roberta – E era exatamente assim que eu me sentia. Às vezes, batia um desespero tão grande que chegava a me paralisar. Ao mesmo tempo em que eu só queria ficar jogada no sofá, sem ninguém por perto, eu me sentia totalmente desamparada, minha mente parecia um turbilhão, meu coração batia no peito feito um bumbo e eu sentia um medo do além, sem explicação… 

Rafael – Na nossa conversa com a Paula, ela disse que esses sintomas são bastante comuns nesse tipo de transtorno, mas podem haver outros. A pessoa também pode ter falta de concentração, irritabilidade e uma preocupação excessiva. 

Roberta – No meu caso, eu fui aconselhada a procurar um psiquiatra. E na nossa conversa com a Paula falamos bastante sobre a importância dessa dobradinha psicólogo e psiquiatra. 

Paula – Não tem uma regra que toda pessoa que tenha depressão ou que tenha ansiedade ou que tenha o transtorno misto tenha que tomar medicação. Mas isso só pode ser avaliado pelo médico. Então, normalmente o psicólogo encaminha e quem diz se precisa ou não tomar a medicação é o médico. Mas é uma grande aliada. Por quê? Em vários momentos a pessoa precisa estar medicada para estar minimamente estabilizada a fim de que as técnicas terapêuticas possam ter uma maior efetividade.  Às vezes, a gente não consegue trabalhar de uma forma ideal as técnicas terapêuticas porque a pessoa está muito fragilizada. Então, ela tem que estar minimamente medicada para poder conseguir aderir e empreender a utilização dessas ferramentas e ter esse trabalho de autoconhecimento no consultório.

Rafael – Alguns especialistas usam uma metáfora pra explicar o efeito da medicação. É como se você estivesse ouvindo uma música muito alta e, quando você toma os remédios, ufa… ela abaixa o volume. Isso diminui a irritação e você consegue perceber as coisas que estão ao seu redor. 

Rafael – O Carlos Eduardo Rodriguez, o Cadu, é médico psiquiatra formado pela Universidade São Francisco e especialista em saúde da família. Falamos com ele sobre o preconceito e a resistência que algumas pessoas ainda têm em relação ao médico psiquiatra e aos transtornos mentais. 

Cadu – Porque ainda existe um estigma muito grande sobre as doenças mentais. A história nos traz que, até bem pouco tempo atrás, uma pessoa que não estava dentro de um contexto social adequado, ela era encaminhada a um manicômio e ela era tratada como um doente mental. Muitas vezes, ela nem tinha nenhuma doença. Mas só por ser fora do padrão social, ela tinha esse estigma. Depois, existe também a ideia de que, nas doenças mentais, eu perco o controle de mim mesmo. Então, essa ideia é muito assustadora para as pessoas e então elas procuram… elas resistem ao máximo para procurar ajuda. Doença mental é uma doença como outra qualquer e que tem tratamento e que tem a cura também… Ou se não tiver a cura para algumas doenças, pelo menos tem o controle dessas enfermidades.

Roberta – O Cadu também explicou que os transtornos mentais podem ter diferentes origens. E como apresentamos no primeiro episódio, são muitos fatores que podem deixar a nossa mente doente.

Cadu – Importante você lembrar ou você entender que as doenças da psiquiatria elas têm um contexto mais amplo. Elas são doenças que são biopsicossociais. Ou seja, elas têm uma característica genética, mas não é só a genética. Ela precisa ter um ambiente psíquico, ou seja, como eu lido com os meus problemas, né… E um ambiente social. O lugar que eu vivo pode me induzir ou não a desenvolver uma doença.

Rafael – E como cada caso é um caso, há diferentes orientações para ajudar no tratamento.

Cadu – Então, pra tratar o conceito... a ideia da psique, é importante que o paciente, durante o tratamento, faça psicoterapia pra entender a si próprio, para aprender a lidar melhor com suas dúvidas e com seus conflitos. Ter um ambiente social adequado também ajuda bastante. Então, atividades que ajudam nesse meio, por exemplo, meditação, atividade física, né… mudança de ambiente de trabalho, do ambiente de moradia podem propiciar a melhorar este paciente. E aí, ainda assim, se só essas mudanças não são suficientes, que são as medidas não medicamentosas, aí você introduz a medicação.

Roberta – Ah, a medicação… Confesso que, embora eu já tomasse ansiolítico, eu fazia isso esporadicamente e mesmo tendo muita informação e conversando muito com a minha terapeuta, eu ainda tinha certo receio em tomar medicamentos psiquiátricos. 

Mas do jeito que eu tava, não ia conseguir sair daquele turbilhão sem a ajuda de medicamentos. Venci meu preconceito e meu medo com a ajuda da terapeuta e do psiquiatra. Tomei o remédio receitado e pra minha surpresa nada aconteceu. Sério, nada aconteceu! Eu pensava que era tomar o remédio e ficar boa. Só que não! Isso também foi um dos pontos que o Cadu explicou pra nós.

Cadu – Um medicamento de escolha de primeira linha são os antidepressivos. E esses medicamentos eles têm uma característica: eles demoram de 15 a 20 dias para fazer efeito. E o efeito dele é muito subjetivo porque ele te dá uma sensação de que parece que as coisas estão relativamente bem. E talvez, muitas vezes, o paciente não consiga perceber isso. Então, ele vem com uma expectativa que ele vai tomar o remédio e vai ficar tudo bem, mas como o efeito é discreto, a pessoa pode demorar um tempo até ela entender… E o conjunto de ações biopsicossociais é que vão promover a melhora.

Roberta – Essa era uma dúvida que eu tinha. É… uma pessoa com doença mental que procura um médico, que faz uso de medicação, é… ela vai ter que tomar essa medicação pro resto da vida ou não? Como que… como que isso funciona?

Cadu – A gente precisa dividir as doenças da psiquiatria assim… Quando a gente fala das doenças da depressão e da ansiedade – eram as neuroses que a gente costumava falar antigamente – essas doenças, essas em geral podem melhorar e têm bom resultado e têm cura, certo, em uma porcentagem significativa da população. 

Roberta – Então a pessoa não vai tomar remédio o resto da vida?

Cadu – Pode não tomar, se ela realmente fizer as modificações que ela precisa. Porém, existem outras doenças na psiquiatria que são alterações mais profundas, onde a gente não consegue ter cura. A gente consegue ter controle. Então, a esquizofrenia é uma doença que ela não tem cura. Mas o medicamento promove o controle da doença.

Rafael – Nos últimos anos, vários estudos científicos têm mostrado que o conjunto de microrganismos que vivem no nosso intestino, a microbiota intestinal, influencia no funcionamento do nosso cérebro e no nosso comportamento também. Alterações nessa microbiota podem facilitar ou dificultar a absorção de triptofano, um aminoácido necessário para produção de serotonina. A serotonina, aliás, é um neurotransmissor relacionado ao bem-estar e muito importante para a regulação dos quadros de depressão e ansiedade. E 95% dela é produzida pelo nosso sistema gastrointestinal. Em outras palavras, o nosso intestino tem um papel importante na nossa saúde mental.

Fauziane – Então, a nutrição tem um papel muito importante, né, na saúde mental. Não só na terapia nutricional, da conversa, da organização de um planejamento para viabilizar uma melhora no comportamento mesmo alimentar, tem a questão dos nutrientes mesmo que afetam o quadro clínico do paciente com transtorno psicológico, né… Então, a deficiência de algumas vitaminas, alguns minerais têm ligação direta com os transtornos psiquiátricos, assim como a microbiota intestinal e como esse ambiente intestinal está influenciando na absorção dos nutrientes.

Roberta – Essa é a Fauziane Beydoun. Ela é nutricionista formada pela FMU, Faculdades Metropolitanas Unidas, pós-graduada em prescrição de fitoterápicos e suplementos na prática clínica-esportiva, e atua na área de nutrição clínica. 

Fauziane – Eu acredito que pelo menos 60 a 70% dos meus pacientes têm algum transtorno de origem psicológica. Então, o principal que eu vejo é ansiedade. A maioria das pessoas que vêm ao consultório, elas relatam algum nível de transtorno de ansiedade.

Roberta – A Fauziane também comentou como deve ser um plano alimentar para uma pessoa com transtornos mentais. Claro que cada caso é um caso, mas ela disse que é preciso que o nutricionista investigue como é a rotina do paciente. 

Fauziane – Geralmente na minha consulta eu abordo cada bloco do dia ali, do comportamento, de como é e isso faz a pessoa refletir também, né, sobre os hábitos e a gente já programa algumas mudanças ali. Quando eu vejo que a pessoa está muito ansiosa ou a pessoa tá depressiva, as coisas são mais sutis, a gente estabelece metas reais, pequenas metas ao longo do dia. Às vezes eu faço o acompanhamento por uma tabela mensal e a pessoa vai anotando pra mim o funcionamento do intestino, como foi a alimentação e tal… E sempre conversando sobre essa questão da auto observação e do autoconhecimento. Então, você cuidar da alimentação, né, é um auto cuidado e é necessário o autoconhecimento para você conseguir fazer, efetuar as mudanças né de uma forma realmente real.

Rafael – E não estamos falando de dieta pra perder ou ganhar peso. Estamos falando de uma dieta para ajudar a equilibrar a química do cérebro pra que ele consiga funcionar de forma adequada. 

Fauziane – A deficiência, por exemplo, de triptofano pra a produção da serotonina, a deficiência do magnésio, que é importante para mais de 300 reações enzimáticas, inclusive na questão dos neurotransmissores. A deficiência da melatonina

Rafael – que é o hormônio que regula o sono

Fauziane – a deficiência de zinco também ali colaborando pros níveis de cortisol ficarem bagunçados… 

Rafael – … cortisol é o hormônio do estresse

Fauziane – Então tem n reações bioquímicas que interferem nessa saúde mental.

Roberta – Psicólogo, psiquiatra e nutricionista… todos falaram que a prática de exercícios físicos era fundamental. Mas calculem: eu não tinha ânimo nem pra sair da cama, que dirá enfrentar uma academia! Mas sabe aquela história: quem tem amigo, tem tudo? Eu procurei um amigo que é educador físico e expliquei a minha situação. Ele foi super compreensivo e topou me ajudar. 

Lembro como se fosse hoje o primeiro dia de treino, no meio da minha crise de ansiedade e depressão. Eu pensei mil vezes em não ir e continuar jogada no sofá, mas eu fui.

Paulo Ricardo – Em primeiro lugar, o indivíduo tem que quebrar o ciclo vicioso, que geralmente é caracterizado por fadiga, estresse elevado, má qualidade do sono, falta de apetite… Um desânimo geral.

Roberta – E era exatamente assim que eu me sentia! Quem tá falando é o Paulo Ricardo Guerreiro, educador físico pós-graduado em Biomecânica pela Unicamp. Ele explicou sobre a importância da atividade física para o tratamento de pessoas com transtornos mentais, e disse que eu fiz certinho: o primeiro passo é procurar um profissional qualificado e explicar a situação. 

Paulo Ricardo – A partir daí, vai ter um caminho no tratamento, que vai melhorar a qualidade do sono dela que, por vezes, tem que ser uma intervenção medicamentosa, e isso vai fazer ela começar a ter um pouco mais de ânimo pra fazer atividade física, que um profissional bem qualificado vai conseguir orientar, de uma maneira ….de uma evolução, né, começar do mais leve, do mais fácil e vai aumentando a intensidade…

RafaelPaulo ainda comentou sobre a importância dos treinos diferenciados, respeitando as particularidades de cada pessoa. E o respeito é realmente muito importante nessas situações.

Roberta  – Eu lembro que, quando cheguei na academia, a primeira coisa que falei é que não sabia se conseguiria ficar até o final do treino. Meu professor disse que eu podia ir no meu tempo e no meu ritmo. 

Fiz a aula toda e, no final, me senti ótima ao vencer mais um obstáculo. O meu professor até cantou a música “Gonna Fly Now” que toca naquele filme que o Rocky Balboa sobe as escadarias do Museu de Arte da Filadélfia, depois de superar vários desafios. Um clássico! 

Paulo Ricardo – Eu só queria acrescentar que é muito importante o profissional ter paciência e prestar muita atenção porque cada indivíduo tem uma resposta diferente ao estímulo. O que pode dar certo para um aluno, pode não dar certo para outro. Mas ele tem que estar bem atento e perceber se não estiver dando certo, intervir e fazer uma outra abordagem. Entendeu? Isso que eu acho que é muito importante. Então, o profissional tem que estar atento e tentar várias maneiras até conseguir. Nunca abandonar o aluno.

Roberta – Bom, já se passou um ano desde que eu me descobri com o transtorno misto de ansiedade e depressão. Eu continuo fazendo terapia e tenho acompanhamento do psiquiatra. Mudei alguns hábitos. Tento não abraçar o mundo – não sei se mencionei, mas eu era workaholic -, aprendi a falar não e a dizer o que me incomoda. Além dos medicamentos e da terapia, fiz acupuntura. A atividade física entrou de vez na minha rotina, tô meditando e focando mais no momento presente. Levou mais ou menos um mês pra eu sair do turbilhão. Daí, depois que passa a parte mais difícil, as coisas vão se ajeitando. Aos poucos fui melhorando, devagarinho, com o apoio da família, dos amigos e de profissionais qualificados. Ainda não tive alta do tratamento, mas tô no caminho. 

Rafael – E vale lembrar que o SUS oferece atendimento psicológico nos Centros de Atenção Psicossocial, os CAPS. Também é possível procurar por terapia em universidades que tenham o curso de Psicologia. Geralmente, é a turma do último ano de psicologia que atende de forma gratuita, com supervisão dos professores. Também há alternativas gratuitas para movimentar o corpo. Você pode fazer caminhadas ao ar livre, andar de bicicleta, levar o cachorro para passear…

Roberta – Outra alternativa interessante é a dança, que além de ser um exercício físico, agrega outras vantagens, como a sociabilidade e o prazer. O jornalista Samuel Ribeiro falou sobre isso no primeiro episódio do Corpo podcast, uma produção aqui do Oxigênio. O link tá na descrição desse episódio.

Rafael – E nessa pandemia, a internet foi uma grande aliada com aulas e exercícios online. Muitos são gratuitos e outros a custos bem baixos. Aliás, grande parte do tratamento da Roberta teve que ser realizado remotamente, respeitando o distanciamento social.

Roberta – Ah, uma coisa que ouvi muito durante o período de crise é “Vai passar!”. Eu cheguei a “garrar” ranço dessa frase, porque, como disse a Paula no início desse episódio, quando a gente tá na crise, não consegue enxergar a luz no fim do túnel. Então, cada vez que eu ouvia a frase “Vai passar!”, eu tinha vontade de gritar! <risos>. Mas, agora, percebo que é verdade: não importa o que você esteja vivendo. Vai passar. Os momentos ruins passam. Os momentos bons também passam. O segredo é viver o agora. E se você estiver sofrendo com algum transtorno, procure ajuda. A nossa saúde mental merece atenção e cuidado! 

Rafael – Esse foi o segundo episódio do Casa de Orates. Ele foi apresentado por mim, Rafael Revadam, e pela Roberta Bueno. Nós também participamos da produção, junto com a Ana Augusta Xavier. E as músicas utilizadas neste programa são da YouTube Audio Library.  

Roberta – A revisão do roteiro e a coordenação são da professora Simone Pallone, do Labjor/Unicamp, e os trabalhos técnicos de Rafael Revadam e Octávio Augusto.

Rafael – Você também pode nos acompanhar nas redes sociais. Estamos no Facebook, (facebook.com/oxigenionoticias – tudo junto e sem acento). E no Instagram e no Twitter, basta procurar por “Oxigênio Podcast”.

Roberta – Você pode deixar a sua opinião sobre este programa comentando na plataforma de streaming que utiliza. Até o próximo episódio!

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