# 86 Série Corpo, episódio 1 – vinho e vinagre
fev 28, 2020

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Em “vinho e vinagre”, o primeiro episódio da Série Corpo, duas professoras da Faculdade de Educação Física da Unicamp contam tudo sobre envelhecimento e exercício. E um professor que estuda a história da velhice explica que ser velho pode ter mais de um significado. A série Corpo faz parte do projeto “Histórias para pensar o corpo na ciência”, que é financiado pela FAPESP (2019/18823-0) e coordenado pelo professor Bruno Rodrigues (FEF/Unicamp).

Lourdes: Ah, mas eu adoro!

Amiga: É, não, a gente vai pra dançar, a gente não vai pra arrumar namorado, não é pra nada disso. A gente vai pra dançar, se divertir.

Samuel: Onde que a gente tá indo?

Amiga: No Clube Aurélia.

Lourdes: Então, deixa eu pensar no caminho que eu tenho que fazer…

Samuel: Essa última voz que você ouviu é da minha mãe, que tá dirigindo o carro. A outra é da amiga dela. Faz alguns anos que elas se conhecem e tão sempre andando juntas, porque as duas têm uma paixão em comum: elas adoram dançar. E nesse dia, a gente foi pro baile.

Samuel: Eu sou o Samuel Ribeiro, e este é o Corpo, um podcast pra falar de pessoas e de movimento. Nesse primeiro episódio, vamos falar de como a vida fica quando o tempo passa. E a gente começa com a minha mãe…

Lourdes: Meu nome é Lourdes…

Samuel: …que tem 67 anos…

Lourdes: …eu sou uma dona de casa ativa ainda, com essa idade. Eu cuido da casa toda, de uma família toda, de neto, de filha. Faço compras, lavo, passo, cozinho. E gosto de dançar.

Lourdes: Quer ver? [quatro, cinco, seis, sete, oito…] Eu comecei a dançar… acho que 2010… dois mil e… pera aí [quatro, cinco, seis, sete, oito, nove…] 2009, depois que… depois de 5 anos que eu fiquei viúva eu comecei a ir no baile, com a minha irmã.

Samuel: O meu pai não saía pra dançar com a minha mãe, e ela, que era costureira, passava quase o dia inteiro trabalhando. Depois que ele morreu, essa irmã dela, que é minha tia Sueli, chegava na porta da oficina de costura e dizia assim:

Lourdes: “Mas larga isso daí, vamo no baile!”. Até que um dia eu fui, era aniversário dela e ela disse “você vai”.

Samuel: A minha mãe foi, e nunca mais parou de ir. Já são mais de 10 anos que ela dança quase toda semana. E dança muito bem.

Lourdes: Eu tenho assim uma dorzinha no joelho, mas quando eu vou dançar, eu fico boa! É falta de ir no baile! Juro! Porque cê fica o dia inteiro de pé aqui dentro, mas é diferente.

Samuel:Por que que é diferente?

Lourdes: Porque você anda pra lá, anda pra cá, mas cê não tá… dançando… dançando você… é diferente, não sei explicar.

Lourdes: Eu sei que quando eu vou ao baile, eu volto… quando eu tô no baile eu me sinto assim, como se eu tivesse 20, 30 anos… eu não tenho filho, eu não tenho casa, eu não tenho ninguém. Lá aquela música incorpora na gente, o pé acompanha o pé do parceiro, é uma delícia! Eu não lembro de nada, nada, nada! Se eu tiver algum problema, lá eu esqueço de tudo.

Samuel: A dona Lourdes é uma senhora com muita energia, e lá no baile tava cheio de gente que nem ela. Gente na casa dos 60, 70 e até mesmo 80, dançando, se divertindo, paquerando. Eu olhava praquele movimento todo durante as músicas e, pra ser sincero, depois de um tempo nem dava mais pra notar quem era velho e quem não era.

Samuel: Eu sou da Educação Física, então pra mim isso não é nenhuma novidade. A gente vê idosos correndo, levantando peso, fazendo ginástica, jogando bola, lutando… é a coisa mais normal do mundo. E até a minha mãe, que por enquanto só dança, falou esses dias que tá querendo fazer musculação porque ela acha que tá flácida.

Samuel: Aquela imagem dos livros infantis, da vovozinha sentada na cadeira de balanço, não dá mais conta de retratar os idosos de hoje. Mas mesmo assim, a gente sabe que envelhecer continua sendo uma coisa complicada. Pra entender melhor isso eu fui conversar com quem entende de envelhecimento e pesquisa os efeitos do exercício físico nessa fase da vida.

Mara Patrícia Traina Chacon-Mikahil: O vô Toninho?

Samuel: Não, não é o Vô Toninho. Mas sim a neta dele, a professora Mara Patrícia Chacon-Mikahil, da Faculdade de Educação Física da Unicamp. Aqui ela tava me contando um pouco sobre as memórias que ela tem do avô.

Mara: Ah… ele gostava muito de trabalhar com coisas da terra, então ele tinha uma horta. Era muito legal porque todo dia tinha uma salada fresquinha da horta, um monte de coisa da horta. Um dia eles pediram pra eu ir cortar salsinha da horta, e eu fui, cortei bem rentinho assim à terra e voltei com um monte de folha de cenoura.

Cláudia Regina Cavaglieri: Nós viajamos muito.

Samuel: E essa é a Cláudia Cavaglieri, também da Faculdade de Educação Física. Ela tava me falando da Marilene Vecchia, uma professora lá da USP que marcou sua trajetória de pesquisadora.

Cláudia: Acho que os primeiros congressos no exterior eu fiz com a Marilene, ela já era bem idosa, inclusive num período aposentada, e ela fazia coisas muito interessantes, como me colocar sempre pra entrar no restaurante antes, para que todos os homens muito bonitos olhassem pra mim e ela viesse atrás, só prestando atenção.

Samuel: A Cláudia e a Mara fazem parte do Departamento de Estudos da Atividade Física Adaptada e já fizeram várias pesquisas sobre os efeitos do exercício físico em pessoas idosas. A parceria delas vem de longa data, desde quando as duas ainda não trabalhavam juntas na Unicamp.

Cláudia: Quando a vida nos aproximou, na porta da escola, com filhos na mesma escola, conversando nós começamos a fazer uma parceria, eu em outra instituição, e eu fazia algumas análises pra ela.

Samuel: A Mara tem uma pegada mais do treinamento, e sempre olhou pra essa relação do exercício físico com a saúde, pros efeitos do treino nos músculos e na parte cardiovascular. E a Cláudia, que é farmacêutica bioquímica de formação, olha mais para o que acontece dentro dos tecidos. Então uma complementa a outra.

Samuel: Elas me contaram sobre o que acontece com o nosso corpo quando a gente envelhece, e também sobre como a ciência tem ajudado a melhorar a qualidade de vida de quem tá envelhecendo.

Samuel: Todo mundo uma hora ou outra vai passar por isso. O processo é complexo, mas, pra resumir: quando a gente envelhece, o corpo já não funciona tão bem e a gente começa a perder algumas coisas…

Cláudia: … diminuição da velocidade, diminuição da visão, da audição… você vai tendo perdas orgânicas que são naturais, que não é patologia, que não é doença. É como se fosse uma máquina mesmo, é um desgaste natural com o seu organismo.

Samuel: … é como se o corpo fosse um sapato, ou um carro…

Mara: …parece que é tudo perfeito, funciona bem. Depois de um tempo de desgaste o sapato até fica mais gostoso, mas ele perde um pouco a parte do conforto ortopédico dele. Agora o carro, você vai, troca o pneu, troca o óleo, muda umas peças, mas algumas coisas vão deteriorando naturalmente, né.

Samuel: Mas mesmo com esse desgaste natural, os avanços da medicina e a melhora das condições de vida ao longo das décadas têm feito com que as pessoas vivam mais tempo. Em 2018 já eram 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos no Brasil, mais ou menos 1 em cada 10 brasileiros. E essa proporção tende a aumentar nas próximas décadas. Por isso que a qualidade de vida no envelhecimento tem sido tão estudada em várias áreas, e também na Educação Física.

Mara: …as pessoas estão vivendo mais, mas como elas tão vivendo? Então não adianta alguém falar “ah, minha avó morreu com 98 anos de idade, ela ficou 5 anos na cama”. Quer dizer, que qualidade de vida essa pessoa teve, nesse final da vida, vamos dizer assim?

Mara: Será que se ela tivesse um músculo mais ativo, será que se ela tivesse menor sobrepeso, ela teria desgastado menos esse organismo e tivesse condições de viver melhor?

Samuel: Tudo indica que sim, e o que não falta é informação dizendo que exercício faz bem. Só que nem todo idoso tem acesso a uma prática de qualidade. E entre aqueles que tem, na hora de começar a fazer exercício físico muitos acabam pensando…

Mara: …”ah, não adianta mais pra mim, eu já tô muito idoso, eu já tô com o músculo muito fraco ou já tô com o coração fraco”, e desiste. Mas isso não é verdade, porque a treinabilidade ela é possível para todos.

Samuel: O que quer dizer que toda pessoa, jovem ou velha, saudável ou doente, tem a capacidade de sofrer adaptações no corpo e melhorar a sua saúde através do treinamento físico. E é pra isso que servem as pesquisas: pra entender o resultado dos treinos nas diferentes pessoas e pensar no jeito mais seguro e eficiente pra elas fazerem exercício.

Mara: …é uma forma de você estressar o organismo beneficamente, porque você vai fazer um esforço que vai demandar um trabalho adicional do seu corpo, e isso vai fazer seu coração trabalhar mais, pulmão trabalhar mais, o músculo, o gasto da energia que você acumula com os alimentos… como você libera hormônios que vão conversar entre os sistemas ali dentro do próprio organismo…

Samuel: E se fizer exercício da forma correta, o idoso vai sofrer também essas adaptações. Então não tem essa coisa de que velhinho não pode fazer exercício. O que tem é jeito certo de fazer, e pra isso a gente precisa entender de treinamento físico.

Samuel: Lá nos projetos que a Mara e Cláudia desenvolvem é mais ou menos assim que acontece: tem um grupo de voluntários idosos. Esse grupo frequenta a faculdade por um tempo e faz um treinamento. Daí, as pesquisadoras e os alunos que ajudam na pesquisa examinam esses voluntários antes, depois e no meio do treinamento pra saber o efeito que ele teve ou não teve sobre eles. E também comparam os resultados com outros voluntários que NÃO fizeram os exercícios. É desse jeito que a gente aprende o que funciona e o que não funciona, o que é saudável e o que faz mal, e a gente também passa a entender melhor o que acontece durante o envelhecimento.

Samuel: As professoras me explicaram que uma das coisas que acontece é que o corpo muda sua composição. A massa dos músculos diminui. A gordura sob a pele também diminui, e a gordura visceral, que fica entre os órgãos e é mais perigosa, aumenta. E isso tudo ajuda a deixar o organismo sempre inflamado…

Cláudia: …e esse quadro inflamatório subclínico é que faz com que esse indivíduo desenvolva uma doença cardiovascular, que seja um indivíduo resistente a insulina, diabético, que leva a problemas cognitivos como Alzheimer e outras demências. E o exercício físico ele tem um papel anti-inflamatório importante.

Samuel: Então hoje a gente entende o exercício não só como prevenção de doenças, mas também como um tratamento que pode ser usado junto com os medicamentos que o médico receita. O que a Cláudia explicou é que uma rotina de exercício físico pode ajudar, por exemplo, a tratar um idoso que tem pressão alta ou diabetes, por causa desse efeito anti-inflamatório. E esse é só um dentre vários efeitos já conhecidos.

Cláudia: … uma das adaptações positivas do exercício físico, quando bem controlado pra essa faixa etária, é exatamente a melhora da resposta imunológica. O indivíduo idoso, que é o indivíduo ativo que treina fisicamente, ele é menos suscetível a infecções do que o indivíduo sedentário.

Samuel: E se ele acabar ficando doente, essa doença vai ser menos grave, porque a resposta imunológica do idoso treinado vai ser melhor e mais rápida.

Samuel: Existem vários benefícios já comprovados do treinamento pro processo de envelhecimento. Teve, por exemplo, uma pesquisa na qual elas participaram e que mostrou uma melhora no tecido do cérebro dos idosos. E com tantos efeitos positivos, eu tinha que perguntar: a terceira idade dá mesmo pra ser a melhor idade?

Cláudia: Na realidade você tem né a infância, a adolescência, a adultez e… não tem nome, essa terceira idade, se você ver na literatura, ela não tem nome! Então inventaram comercialmente a melhor idade, né. Se ela melhor ou não é melhor, ela depende de como que você vai chegar nela. Tem algumas pessoas que vão achar que é melhor, tem outras pessoas que vão estar sempre saudosistas da juventude.

Samuel: Você se considera uma pessoa idosa?

Lourdes: Ah não, só quando eu tiver assim, uns 75, aí sim. É, eu não sou da terceira idade, sou da segunda, por enquanto. Eu gosto de forró, de vaneirão, eu gosto de coisa rápida. Por isso que eu falo pra você que eu não sou da terceira idade, porque na terceira idade, cê vai num clube assim bem de terceira idade, tocam música do Roberto Carlos… sabe? Aquelas musiquinha bem… por quê? Porque os velhinhos não aguentam dançar música rápida, eu guento! Eu guento aqueles forró bem paulera! Então eu não tenho paciência de dançar música lenta, eu não vou.

Edivaldo Góis Junior: Até a década de 60 você encontra o termo velhice.

Samuel: Esse é o Edivaldo Góis Junior, que também é professor da Faculdade de Educação Física da Unicamp. Só que ele não faz o mesmo tipo de pesquisa que a Mara e a Cláudia.

Edivaldo: Falar sobre velhos, velhas, velhice, não era nada pejorativo.

Samuel: O Edivaldo estuda a história da velhice. Ele me contou que as ideias sobre as pessoas mais velhas foram mudando ao longo do tempo, e a gente pode ver isso nas mudanças das palavras que a gente usa pra falar dessa fase da vida.

Edivaldo: A partir da década de 60 começam a surgir outros termos que começam a colocar: “não, olha, será que é pejorativo chamar uma pessoa de velho ou velha, não é melhor usar a palavra idoso?”. E aí, mais próximo aqui da gente no século XXI, começam a surgir termos como melhor idade, como… terceira idade, é, outros termos que envolviam a velhice negando o termo velhice.

Samuel: E da mesma forma que dá pra envelhecer de formas diferentes quando a gente tá falando só da questão do corpo, dependendo de como que a pessoa leva a vida, aqui nos estudos da história a ideia de velhice também não é uma coisa só. Depende de quem tá falando, de onde tá falando… e de quando tá falando.

Edivaldo: …a velhice é uma construção social. Ou seja, definir o que é velhice vai depender muito da visão de mundo que a pessoa tá respondendo. Ela pode responder isso a partir de um pensamento científico biológico, e aí ela vai adotar a palavra envelhecimento [MC ao fundo?], processo de envelhecimento [MC ao fundo?]. Ou ela pode, como uma pessoa comum relataria, falar: “ah é um estado de espírito”.

Lourdes: …como se eu tivesse 20, 30 anos!

Edivaldo: Ou seja, nós temos muitas representações sobre o que é velhice, depende de quem está respondendo.

Samuel: Então não existe uma velhice?

Edivaldo: Não, não existe uma velhice né.

Samuel: A ideia de velhice que predominava nos anos 1930, que é o período que o professor estuda, era muito diferente da atual, e isso era fácil de notar nos jornais da época. Quando se falava em velhice, se falava em decadência, morte e doença.

Edivaldo: Um colunista chamado Costallat ele… relata a morte de um guarda noturno. E esse guarda noturno ele se suicida. E aí ele vai dizer o seguinte, “bom, veja como é difícil a vida para qualquer velho, mas sobretudo para um velho trabalhador, que nem via a luz do sol, que trabalhava durante a noite”, “ter vivido por mais de 60 anos é um ato heroico, e um ato heroico também foi o suicídio”. Então perceba, tá muito distante dessa ideia de que a qualidade de vida ela tá acessível a todos, basta você ter uma responsabilidade individual e buscar.

Samuel: Então essa ideia da terceira idade ativa, da pessoa velha com qualidade de vida, que é tão normal pra gente, naquela época não era. Só que assim como hoje, nos anos 30 tinha mais de uma ideia sobre o que era a velhice. E foi nessa época também que as ideias médicas de cuidar do corpo para prolongar a vida começaram a ganhar força.

Edivaldo: Os médicos diziam assim: bom, se a gente tá controlando a natureza em relação aos meios de transporte, todas aquelas tecnologias que começavam a ficar um pouco mais presentes na sociedade urbana, como os confortos da mobilidade urbana, ah, isso também vai acontecer no campo da medicina e o homem vai viver mais”. Tudo bem que eles falavam em 150 anos daqui a 100 anos, então agora a gente pode olhar e falar “calma, não chegamos nisso”.

Samuel: Mas chegamos em algum lugar. No geral a expectativa de vida aumentou e uma boa parte da população passa dos 60 anos de idade. A qualidade de vida também aumentou, e os idosos são cada vez mais como a Dona Lourdes e cada vez menos como o guarda noturno da história do jornal. Mas tanto nos anos 1930 como agora, a velhice não é uma coisa só…

Edivaldo: Então a gente vai de uma manifestação em que a velhice é só sofrimento, pra outra em que a velhice é uma vida de comercial de margarina…

Samuel: E o Edivaldo comentou que por causa das desigualdades sociais ainda tem muita gente sem acesso à essa vida saudável. Então não dá pra imaginar que tem como todo mundo viver o mesmo estilo de vida e envelhecer da mesma forma. Essa velhice, terceira idade, processo de envelhecimento ou melhor idade ainda tá longe de ser uma coisa só. E aí eu perguntei pro Edivaldo o que ele ia ser daqui a 30 anos, e ele respondeu sem pestanejar:

Edivaldo: Serei velho com orgulho! Sem problema algum…

Samuel: Depois de todas essas conversas eu fiquei pensando: como que eu vou ser quando eu for velho? A verdade é que eu ainda não sei. Mas acho que se eu tivesse que desejar algo, eu ia pedir pra não esquecer nada. E pra ter energia pra fazer coisas novas, do jeito que a minha mãe tem.

Samuel: Eu perguntei pra ela como ela quer estar daqui a 20 anos.

Lourdes: Ai eu quero tá que nem eu tô hoje: lúcida, quero estar dirigindo, quero ir ao mercado… talvez eu não consiga fazer mais, assim, essas limpeza mais pesada, mas… chama uma faxineira.

Samuel: E a Cláudia, no final da entrevista, também me contou o que ela espera pro futuro…

Cláudia: Eu quero continuar viajando, conhecendo pessoas, e atraindo jovens ao meu lado né, porque a gente só pode envelhecer de duas maneiras: como vinho, quanto mais velho melhor, ou virar vinagre… eu não quero virar vinagre, eu quero ser um vinho de uma boa safra, que quanto mais maduro melhor. Onde as pessoas consigam enxergar em mim coisas boas, e que eu consiga levar coisas boas… e não as dificuldades e amarguras da vida, que todo mundo tem. Não quero ser vinagre, eu quero ser vinho tinto e do bom.

Samuel: O episódio fica por aqui. A série Corpo é uma produção do podcast Oxigênio, do Labjor/Unicamp, e faz parte do projeto “Histórias para pensar o corpo na ciência”, financiado pela FAPESP e coordenado pelo professor Bruno Rodrigues, da FEF/Unicamp.

Samuel: E se você gostou do episódio, mande para um amigo seu ouvir, fale da gente nas suas redes sociais. A produção, as entrevistas, o roteiro e a edição do programa foram feitas por mim, Samuel Ribeiro, e a coordenação do Oxigênio é da professora Simone Palone, do Labjor. Até o próximo episódio!

Porteiro: Tchau, muito obrigado.

Lourdes: Brigada, bem!

Amiga: Tchau!

Porteiro: Tchau, valeu!

Músicas

“Greylock” by Skittle.

Blue Dot Sessions (https://www.sessions.blue).

“Rambling” by Calumet.

Blue Dot Sessions (https://www.sessions.blue).

“Winter Theme” by Glacier Quartet.

Blue Dot Sessions (https://www.sessions.blue).

Imagem da capa

Imagem de Just killing time por Pixabay.

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