#67 Oxilab: Desde que o samba é samba
dez 5, 2018

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Antes de ser consagrado como a trilha sonora oficial do carnaval, o samba sempre foi alvo de muita discussão para saber quem era o pai da criança. Baianos ou cariocas? Favela ou asfalto?  A única certeza da origem do gênero musical é que teve muitos berços e endereços. Tanto que no início do século XX, o samba era uma espécie de “guarda-chuva” para diferentes ritmos, como o choro, o partido-alto, o maxixe e a batucada, por exemplo. Mas toda essa diversidade acabou sendo abafada nos anos 1930 quando o Estado Novo de Getúlio Vargas apropria o estilo marginal e o transforma em símbolo nacional.

 No mês em que se comemora o dia do samba, celebrado no dia 2 de dezembro, o Oxigênio preparou uma edição especial que conta como o batuque de influência africana popularizado nas festas nos morros da cidade do Rio de Janeiro passou a definir a identidade brasileira. O programa conta com a entrevista com a historiadora Maria Clementina Pereira Cunha, autora do livro “Não tá sopa: samba e sambistas no Rio de janeiro de 1890 a 1930”. Publicado pela Editora da Unicamp, o e-book faz parte da coleção Históri@ Illustrada, idealizada pelo Centro de Pesquisa em História Social da Cultura (Cecult/Unicamp).

 O programa é produzido e apresentado por Leonardo Fernandes, além da coordenação geral da professora Simone Pallone de Figueiredo, do Labjor. Os trabalhos técnicos foram feitos por Octávio Augusto, da Rádio Unicamp.

 Deixe um comentário contando para a gente o que achou do episódio. Você pode mandar sugestões também pelo Twitter (@oxigenio_news), Instagram (@oxigeniopodcast) e Facebook (/oxigenionoticias). Se preferir, mande um e-mail para oxigenionoticias@gmail.com. Se quiser saber mais sobre o assunto, você pode adquirir o e-book “Não tá sopa” no site da Editora da Unicamp: www.editoraunicamp.com.br.

 

Créditos:

Imagem:

Montagem sobre foto de João da Bahiana, s.d. Autor desconhecido.

Músicas, por ordem de execução:

“Urubu”, 1923. Autor: Pixinguinha. Intérprete: Os Oito Batutas. (domínio público).

“Fala, meu Louro”, 1920. Autor: Sinhô. Intérprete: Francisco Alves. (domínio
público).

“Patrão, prenda seu gado”. Autores: Pixinguinha, Donga e João da Bahiana. s.d. (domínio público).

“É batucada”, 1932-33. Autores: Caninha e Visconde de Bicohyba. Intérprete: Murilo.
Caldas. (domínio público).

“Com que roupa?”, 1930. Autores: Noel Rosa. Intérprete: Noel Rosa. (domínio
público).

“Pelo Telefone”, 1916. Autores: Donga e Mauro de Almeida. Intérprete: Bahiano.
(domínio público).

“Se você jurar”, 1930. Autores: Ismael Silva e Nilton Bastos. Intérprete: Mário Reis. (domínio público).

“Festa de Branco”, 1928. Autor: Pixinguinha. Intérprete: Francisco Alves. (domínio
público).

“Mulato bamba”, 1932. Autor: Noel Rosa. Intérprete: Mário Reis. (domínio público).

“Eu gosto da minha terra”, 1930. Autor: Randoval Montenegro. Intérprete: Carmen
Miranda (domínio público).

“Preto e branco”, 1930. Autores: Augusto Vasseur, Luis Peixoto e Marques Porto.
Intérpretes: Carmen Miranda e Almirante [1939] (domínio público).

“Rapaz folgado”, 1933. Autor: Noel Rosa. Intérprete: Araci de Almeida. (domínio
público).

“Ponto de Ogum”. Intérpretes: Elói Antero Dias e Getúlio Marinho [1927-1930] (domínio
público).

“Marcha do Cordão Primavera”, s.d. Intérprete: Almirante [1946] (domínio
público).

Todos os efeitos sonoros pertencem à bbcsfx.acropolis.org.uk (© copyright BBC) e foram disponibilizados para reprodução com fins educativos sob a licença RemArc.

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